Dr. Felipe Antunes Torres / CREFITO 4 - 63209F

A intenção deste canal aberto de comunicação, é o de apresentar as novas perspectivas de tratamento terapêutico dentro do campo da saúde. A intenção será sempre de melhor informar, discutir e refletir sobre questões que direta ou indiretamente afetam o nosso cotidiano. Seja bem vindo!

27 de mai. de 2010

21 de mai. de 2010

Distonia Focal e Síndrome do Escrivão

Você ou seu paciente sentem cãibras ou "endurecimento" das mãos durante o ato de escrever, digitar ou até mesmo ao tocar um instrumento musical? Já foram realizados exames tais como tomografia computadorizada do crânio, eletroneuromiografia e nada de conclusivo ou anormalidade apareceu nos laudos? Você pode estar apresentando um quadro clínico característico de Distonia Focal.
O meio musical acadêmico e não-acadêmico assim como outros meios com atividades ocupacionais repetitivas, têm observado diversas notícias referentes a profissionais que acabam por deixar suas atividades após serem diagnosticados como portadores de um distúrbio do movimento chamado Distonia Focal.
Segundo a Dystonia Medical Research Foundation, um dos mais renomados centros de pesquisa sobre o assunto, a definição geral do termo Distonia refere-se a um distúrbio do movimento que causa contração e espasmos involuntários nos músculos, onde o mecanismo neurológico que faz com que os músculos relaxem quando não estão sendo usados não funcione corretamente. Os músculos opositores se contraem simultaneamente, como se estivessem “competindo” pelo controle de uma parte do corpo (Focal).
Jaume Rosset i Llobet e o médico/violonista Djalma Marques destacam que as causas que convergem para a manifestação da Distonia Focal no Músico ainda não estão totalmente esclarecidas, porém, parece inquestionável que esta é a conseqüência de uma prática instrumental intensiva e com atenuantes relacionadas ao stress físico e mental.
A excessiva realização dos movimentos que são executados por músicos profissionais durante anos, pode provocar uma estimulação tátil excessiva, levando a uma série de mudanças a nível cerebral. Nestes músicos, a atividade intensa na busca de especialização e automatização de movimentos pode ultrapassar os limites do refinamento neurológico, levando o cérebro a trabalhar com uma grande capacidade funcional. Essa atividade demasiadamente agressiva acaba gerando circuitos neurais muito especializados, porém, anômalos.
Apesar de uma possível predisposição genética ou biomecânica, cada vez parece mais claro que a Distonia Focal está diretamente associada à mudanças na excitabilidade de determinados circuitos cerebrais ligados ao controle motor, os quais são induzidos pelos movimentos repetitivos, refinados e estereotipados.
O mesmo pode acontecer com pessoas que digitam ou escrevem por longos períodos de tempo durante as suas funções acupacionais. Para este grupo temos como definição a Síndrome do Escrivão.
É importante ressaltar que a Distonia é um sintoma que pode ser tratado e não é uma doença.
A nível muscular, as conseqüências da Distonia Focal apresentam-se no desequilíbrio da movimentação dos músculos agonista e antagonista, gerando uma co-contração. Ex.: Flexores e Extensores dos dedos se contraindo ao mesmo tempo.
A nível psicológico, após o surgimento dos primeiros sintomas, a ansiedade tem se apresentado como um fator agravante, pois, acaba contribuindo na consolidação dos movimentos distônicos através do mecanismo de memória muscular.
O diagnóstico será confirmado por um médico neurologista através de exames clínicos e diagnósticos diferenciais após exames complementares.
O tratamento ou abordagem poderá concentrar-se em encontrar modos de reduzir a intensidade dos sintomas através de medicamentos e reabilitação terapêutica.

2 de mai. de 2010

O que é OSTEOPATIA ?

CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
RESOLUÇÃO Nº. 220, DE 23 DE MAIO DE 2001.
(D.O.U. Nº 108, DE 05.06.01, SEÇÃO I, PAG.46)
Art. 1º: - Reconhecer a Quiropraxia e a Osteopatia como especialidades do profissional Fisioterapeuta.

A Osteopatia,assim como outras diversas formas de tratamentos terapêuticos, se baseia no preceito de que o corpo é capaz de criar seus próprios instrumentos de restauração,ou seja,se recuperar,se auto-curar a partir de uma facilitação.

As mãos são as "ferramentas" de análise e de tratamento do profissional, que aplica seus conhecimentos profundos em anatomia, fisiologia e biomecânica para cuidar das disfunções de mobilidade das diversas estruturas do corpo. O Fisioterapeuta terá como objetivo restabelecer as funções fisiológicas do organismo que estão em mal funcionamento.

A Osteopatia parte do princípio de que cada doença, cada manifestação corporal é somente um efeito, ou seja a conseqüência de uma disfunção cujo ponto de origem pode ser encontrado muito longe do sintoma. A meta está em buscar a origem do problema, seja ele físico, emocional ou patológico.

Observando a figura ao lado, como exemplo, um sintoma referido pelo cliente na área colorida de vermelho, pode em alguns casos estar sendo causado por um mal funcionamento de um nível específico da transição da coluna cervical para a coluna torácica (C7/T1). Desta forma teremos que ter certeza, antes de qualquer decisão terapêutica, de que não estamos prestes a tratar somente a área de queixa sintomática e termos a consciência clínica de que um problema a distância também pode estar exercendo influência sobre a área de sintomatologia.

Dr. Felipe A. Torres atende em seu consultório. Tel. para contato 31 8558-7167

29 de abr. de 2010